Uma imensa sopa, com ingredientes variados, preparação simples, fácil digestão e, como a sopa original, fonte de prazer e diversão !

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terça-feira, 10 de junho de 2014

Um ano...


Hoje faz um ano... Um ano sem te ver, um ano sem falar com você, um ano sem gritar VASCO no telefone depois de uma vitória...
Um ano de uma dor que não tem tamanho, que dói no corpo e na alma; que às vezes fica quietinha, mas quando vem, me derruba. E me derruba porque eu queria ter feito tantas coisas ainda com você: ir a um jogo do Vasco no São Januário (como me arrependo de não ter ido quando você me chamou), tirar mais fotos com você (é, nessa última foto aí em cima eu não apareço), ter ido no seu último aniversário (que diferente de todas as outras vezes, não fugiu da gente, até convidou pra ir!)...
Foi um ano esquisito, em que chorei a minha dor e a dor dos amigos; que passei a dizer "eu te amo" não só pro Júlio, mas para todos aqueles que eu realmente amo; que grudei no meu pai como nunca antes...
Hoje, só me resta chorar e rezar. E mais uma vez recorro a Santo Agostinho, para confortar e ajudar a aceitar tudo isso.
Fica com Deus, tio-padrinho. Olhe e reze por nós aí em cima! Um dia, se Deus quiser, estaremos juntos novamente...

“A morte não é nada. 
Eu somente passei 
para o outro lado do Caminho.

Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês, 
eu continuarei sendo.

Me deem o nome 
que vocês sempre me deram, 
falem comigo 
como vocês sempre fizeram.

Vocês continuam vivendo 
no mundo das criaturas, 
eu estou vivendo 
no mundo do Criador.

Não utilizem um tom solene 
ou triste, continuem a rir 
daquilo que nos fazia rir juntos.

Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.

Que meu nome seja pronunciado
como sempre foi, 
sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra
ou tristeza.

A vida significa tudo 
o que ela sempre significou, 
o fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora 
de seus pensamentos,
agora que estou apenas fora 
de suas vistas?

Eu não estou longe, 
apenas estou 
do outro lado do Caminho…

Você que aí ficou, siga em frente,
a vida continua, linda e bela
como sempre foi."

(Santo Agostinho)

sábado, 5 de outubro de 2013

Coluna O Click: Se essa rua fosse nossa...

E tem mais um texto na minha coluna do Portal O Click: "Se essa rua fosse nossa", onde falo um pouquinho sobre preservação, seja das nossas memórias de família, seja da nossa cidade.

Aproveita esse fim de semana preguiçoso e vai lá ler (e comenta no site, viu? É bacana ter o feedback). Tem uns links com as referência que usei muito interessantes também.


PS: Fica a dica para os outros textos anteriores, que não postei aqui: "Amigo é coisa pra se guardar num álbum de fotografias" e "Ai que preguiça, Macunaíma"

sábado, 31 de março de 2012

Filha de Milico

Nada mais oportuno do que publicar esse texto emocionante hoje, 31 de Março. Queria eu ter escrito, mas a Bárbara (que eu não conheço) disse tudo o que eu poderia dizer.

Vi o texto aqui e o reproduzo abaixo.
"Todo mundo sabe que os filhos de militares têm uma capacidade quase camaleônica de se misturar ao novo meio, somos geneticamente mimados  para gostar de tudo a nosso volta, seja frio, calor, elegância,  pobreza, água, seca ou qualquer outra condição física, psicológica,  geográfica, climática, financeira, etc…
Para quem está de fora, criticar tudo isso é muito bom, ‘’Os pobres coitados dos filhos de militares não tem amigos e nem laços afetivos  com lugar nenhum! ‘’ Os fofoqueiros que me desculpem, mas meus laços  afetivos são com o Brasil e meus amigos estão espalhados pelo mundo.
Quantas pessoas podem dizer que tem vivência nacional? Aprender sobre  a Amazônia no meio da selva, ouvir os dois lados da história e  escolher em qual acreditar, ter orgulho de ver seu pai tentar resolver  os problemas de outros países. Quantas pessoas podem dizer que seu  herói está dentro de casa? E não adianta um civil tentar se comparar  com os nossos capitães, sargentos, coronéis, tenentes… Eles nunca  vão entender que você se muda sim, mas que dentro da sua casa, onde realmente importa, nada muda.
Os filhos de militares aprendem a amar a distância, a entender o lado bom de tudo, a montar e desmontar uma casa em dois dias, a acolher até quem morou a vida toda na mesma casa, a conservar bons amigos com o carinho, mesmo sem a presença.
A cidade que você mora pode não ser a melhor de todas, pode até ser a pior, mas dentro de casa, lá sim, está o melhor lugar do mundo e os filhos de militares sabem fazer o melhor lugar do mundo em qualquer lugar, não importa aonde você chegue, dentro da casa de um militar sempre haverá um refúgio de carinho e amizade criado pelos nossos laços com o Brasil e pelos nossos amigos espalhados pelo mundo.
Os militares sabem que suas escolhas afetam a vida de suas famílias e sofrem ao ver seus filhos deixando os amigos, namorados e suas casas para trás, mas compensam suas famílias com uma chuva de amor e cultura. Se engana quem acredita que somos ‘’pobres filhos de militares’’, somos orgulhosos, gratos, felizes, ricos, privilegiados e acima de tudo amados filhos de militares, as casas podem mudar, mas nossos lares são construídos em torno de uma família não de um lugar.
O estilo de vida que meu pai me proporcionou fez de mim quem eu sou hoje, uma aspirante a jornalista com uma bagagem cultural gigante, que pode encher a boca e dizer que viveu e não leu toda essa cultura.
Obrigada Pai por escolher ser militar.
Bárbara Miranda."

Obrigada, Pai!